Pedreiras erram ao estocar material em montes cônicos
Material empilhado em formato de ‘feijão’ ou de letra ‘C’, em ângulo de 90 ou 180 graus facilitam a operação
A composição da areia e dos agregados, bem como a forma como esses produtos são empilhados, podem representar ganhos de qualidade e redução de custo operacional para pedreiras, concreteiras e usinas de asfalto. Esses produtos precisam conter uma homogeneidade adequada para uso em diferentes aplicações, além de serem estocados em grande quantidade em pilha única, evitando gastos de operação com manuseios de uma pilha para outra.
Nesse aspecto, a Superior Industries recomenda uma maneira eficiente para se armazenar esse material de forma adequada, empilhando-o em formato radial de ‘feijão’ ou de letra ‘C’ em 180 graus, que propicia qualidade na estocagem. Paulo Batagini, diretor de negócios para agregados da Superior Industries, explica que nesse formato em ângulo 90 ou 180 graus, de acordo com a necessidade de estocagem, é possível empilhar quantidades elevadas, evitando custos de logística interna com pás carregadeiras e caminhões para remanejar o agregado para outras pilhas.
“Tradicionalmente, as pedreiras brasileiras estocam material em montes cônicos, formados pelas plantas fixas de britagem. No dia-a-dia, acabam tendo custo operacional com equipamentos, mão de obra e dedicam horas de trabalho para redistribuir esse agregado em outros montes. Se fizessem a estocagem em pilhas angulares de 90 ou 180 graus, não desperdiçariam tempo e poderiam empilhar até seis vezes mais”, compara Batagini.
Esse armazenamento em quantidade elevada é possível com o uso do Portable Radial Stacker Conveyor (PRSC), empilhadeira radial fabricada pela Superior Industries para possibilitar o empilhamento de agregados. Essas pilhas maiores e em diferentes formatos são possíveis porque o PRSC tem uma base pivotante na parte traseira e rodas na parte dianteira, que permitem um movimento radial.
As rodas são ajustáveis, tanto no sentido de transporte como para o trabalho radial, controladas hidraulicamente ou manualmente. O equipamento também pode ter sua inclinação ajustada para aumentar ou diminuir a altura de empilhamento.
Para se ter ideia do quanto o PRSC faz diferença, enquanto um transportador estacionário (fixo) de 50 pés consegue empilhar 370 toneladas métricas de agregados em uma pilha de formato cônico, o PRSC com a mesma altura armazena 1.589 toneladas métricas em uma pilha radial (feijão) de 90 graus, ou 2.807 toneladas métricas em uma pilha em formato de 180 graus.
Homogeneidade na produção de areia
O PRSC também possui um sistema de zoneamento de pilha automatizado PilePro (TM), que evita a segregação do material durante o empilhamento e garante que a qualidade do produto seja, de fato, entregue ao cliente, com a distribuição de granulometria especificada. Essa tecnologia atende, principalmente, às necessidades de produtores de areia fina para concreto e argamassa. Dessa forma, no momento de ser retirada da pilha e carregada no caminhão, a areia já estará dentro das especificações de uso.
Esse sistema chama a atenção, porque nas pilhas cônicas a mistura da areia não ocorre naturalmente. Embora as partículas do material sejam uniformes, elas se espalham quando despejadas sobre essa pilha cônica. Os grânulos grandes ficam ao centro e os pequenos se esparramam para as laterais.
Isso dificulta o preparo para a logística de entrega do produto final ao cliente. “Quando a areia é carregada no caminhão, acaba havendo a necessidade de misturar o que está no centro com as bordas, para fazer uma composição adequada entre as granulometrias diferentes. Caso contrário, o caminhão pode chegar à obra, concreteira ou usina e o cliente mandar devolver o material, devido à granulometria irregular. Por exemplo, se o concreto for bombeado, o agregado deve ter características específicas e granulometria correta de areia e brita”, adverte Batagini.
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